Por Marise Rodrigues, gerente da Rádio Folha de Pernambuco FM
Quem me conhece sabe que, embora eu fale sempre muito, a vida profissional dedicada ao rádio, e lá se vão 32 anos, me levou a um costume de utilizar textos mais resumidos, como se exige no rádio. Mas minha ex-estagiária, ex-repórter e sempre amiga Mariana me pediu um comentário sobre o Dia do Jornalista, e vou tentar.
Vale lembrar que eu nasci no mesmo dia, 7 de abril, e que desde que me conheço por gente já falave em ser jornalista... De rádio, complementava.
Para mim, esta é uma profissão extremamente importante para a vida de todos. De todos mesmo. Ninguém vive sem se informar, desde o tempo do Teletipo (o bisa da internet) até a evolução dos nossos dias.
Eu aprendi desde cedo, com um grande mestre que foi Edilson Torres, já na espiritualidade, quando foi meu chefe em 1978, na Rádio Clube de Pernambuco, que temos responsabilidade com o ouvinte, com a veracidade da notícia e como ela atua sobre as pessoas. O zelo com esse trabalho, que tem uma função social indiscutível, também aprendi com o extraordinário Amaury Santos, uma das pessoas mais íntegras que conheci, de uma grande cultura e de um companherismo enorme. Ele me levou e foi meu chefe na CBN. Hoje é um grande amigo, que retornou ao Rio de Janeiro e está na Rádio MEC.
É o jornalista, responsável, que forma opiniões, que leva alegria, serviço, educação, entretenimento e até frieza da dor para toda a população, das mais variadas formas e estilos e veículos que hoje agrega o jornalismo. Desde o jornal, passando pelo rádio e TV e hoje entrando de cabeça no online e todas as suas denominações.
Somos nós que temos “o poder” nas mãos (literalmente), de levar a realidade de um fato, de levar o povo a refletir, de ser (como o rádio faz tão bem) o defensor, o advogado, a tribuna, o apoio dos mais fracos, da população mais carente.
Pena que alguns manipulem as informações em troca de propina, esqueçam seus ideais (acho que todos tiveram ainda da faculdade) e se vendam para distorcer fatos, omitir ou enaltecer o autor do erro. E não falo aqui da inevitável censura econômica que é exercida em qualquer empresa em que se atue.
Seja qual for o segmento do jornalismo que esse profissional exercer, ele tem a obrigação moral de ser ético, honesto e leal ao seu ouvinte ou leitor. Nada deveria ter mais peso na vida de um jornalismo que a ética. Não se pode ser mais ou menos ético, mais ou menos honesto. Ou você é ou não. E não há não há argumento que justifique uma postura diferente da ética, da preocupação com a veracidade.
Está é uma profissão na qual poucos têm condições de ter grande remuneração. Todos sabem disso desde a faculdade. E, se você chegar a ser uma dessas “estrelas” com honestidade, por ser bom no que faz, parabéns. Se não, viva com o que o seu trabalho lhe garante.
Tenha sempre sua consciência limpa, por ser um jornalista, um cidadão, um homem ou uma mulher de bem. Como eu sempre digo, no tocante ao cristianismo, seja cristão em todos os momentos da sua vida, não apenas enquanto se está nos templos... Eu também digo que ser jornalista é ter uma atitude moral e de profissional em qualquer momento de sua vida. O jornalismo não é uma profissão qualquer. Você tem que amar o jornalismo para fazer parte dele. Parabéns a todos se sentem assim.
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Olha o que os finos e fofos disseram