O que existe é um movimento de revalorização de marcas da velha República Democrática Alemã, provavelmente despertado pelo desencanto com a situação econômica do país, bastante afetado pela crise global. Uma reportagem no jornal Advertising Age, especializado em publicidade e marketing, mostra que uma série de marcas do velho regime faz enorme sucesso nas prateleiras das lojas de uma Alemanha capitalista como nunca.
O champanhe comunista não está sozinho nessa onda. A marca de sabão em pó Spee, hoje pertencente à Henkel, tornou-se uma espécie de ícone para a classe C alemã (se é que existe isso). Da mesma forma, a marca de produtos de beleza Florena, também chamada de “Nivea do Leste”, foi comprada pela dona da Nivea de verdade, a Beiersdorf, logo depois da reunificação e hoje é um produto estratégico para a empresa entre os consumidores que viveram na antiga RDA. O mesmo acontece com produtos como Café Rondo, Mostarda Bautzner e os tênis Zeha (uma espécie de Adidas comunista, que calçava dez entre dez estrelas das equipes olímpicas alemãs-orientais).
A única marca que ficou de fora dessa onda marqueteira foram os Pepinos Spreewald. Quem viu o filme Adeus Lênin com certeza se lembra da epopéia do personagem Alex revirando latas de lixo atrás de um pote dos malditos pepinos para atender os desejos de sua mãe saborear a iguaria. Com um apelo desse, é de se admirar que ninguém ainda tenha relançado o produto.
*Fonte: Época Negócios
* Fotos: Época Negócios/Google
PS: Tradução do título da postagem - "Saudade do Comunismo"
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Olha o que os finos e fofos disseram