Após a chegada da Família Real ao Brasil, em 1808, dom João 6º ordenou que a Real Biblioteca portuguesa fosse transferida para a então colônia, o que ocorreu no dia 29 de outubro de 1810 --há quase dois séculos. À época, o acervo contava com 60 mil peças - entre livros, manuscritos, mapas, moedas e medalhas. Após a Independência, em 1822, algumas dessas obras retornaram a Portugal e outras foram compradas pelo Brasil, criando a Fundação Biblioteca Nacional, chamada assim desde 1990. Em 1812, foi publicado o primeiro livro em terras brasileiras: "Marília de Dirceu", de Tomás Antônio Gonzaga.
MARCELO RUBENS PAIVA - Ganhador do Prêmio Jabuti por "Feliz Ano Velho", Marcelo Rubens Paiva indica aos leitores da Livraria da Folha "O Vampiro de Curitiba", livro clássico de Dalton Trevisan que conta a história de um vampiro em pele de cafajeste que persegue virgens e prostitutas em fim de carreira em uma Curitiba degradada. Tendo dedicado toda a carreira ao conto, Trevisan é considerado o maior mestre brasileiro no gênero.
Tudo começa quando uma terrível "treva branca" deixa cegos, um a um, todos os habitantes de uma cidade. As autoridades conduzem as pessoas que ficaram cegas a um hospício desativado, mas lá as pessoas se tornam alvos de criminosos.
FERNANDO BONASSI - Escritor e dramaturgo, o paulista Fernando Bonassi sugere a obra "Angústia", de Graciliano Ramos. O livro não se distingue somente por evidenciar, a cada parágrafo, a capacidade de observação do autor, mas o romance também nos chama a atenção pelas qualidades literárias que fizeram dele uma obra única no incomum momento de sua publicação: o escritor estava preso, sem ter sido ouvido uma única vez, acusado de ser um militante comunista. "Ri e chorei com ele", confessa Bonassi.
ILAN BRENMAN - O escritor Ilan Brenman indica, para crianças e adultos, a leitura de "Onda", um livro sem palavras, recheado de belas imagens feitas a carvão. "Uma narrativa sensível e poética. A relação do mar com uma menina ganhou uma dos mais belos livros de imagens já publicado", avalia. A autora, Suzy Lee, ilustrou em azul, preto e branco o ruído das águas, o bater de asas das gaivotas, o vento que balança o vestido da criança e a conversa silenciosa que se estabelece ao longo da narrativa.
*Fonte: Folha Online
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Olha o que os finos e fofos disseram