Agora vai

Uma janela de oportunidade?
Após o desgaste causado pelo Vista e sob a ameaça da computação em nuvem, a Microsoft aposta no Windows 7 para recuperar o brilho

Durante o principal evento de lançamento mundial do Windows 7, realizado em Nova York, no fim de outubro, três altos executivos da Microsoft se revezaram durante uma hora no palco sem pronunciar uma única vez a palavra Vista. A omissão pode ter sido um acaso, o que parece improvável. O Windows 7 chega ao mercado para tentar apagar a imagem negativa deixada pelo seu antecessor e recolocar a empresa fundada por Bill Gates na ofensiva.

Quando foi lançado, em janeiro de 2007, após seis anos de desenvolvimento e muitos atrasos, o Windows Vista recebeu críticas pesadas. Primeiro porque exigia computadores bem mais poderosos do que a maioria dos consumidores e empresas possuía. Havia ainda uma incompatibilidade com programas e equipamentos de outras companhias. “O Vista foi lançado muito cedo. O ecossistema não estava preparado para suportá-lo”, afirma Michael Silver, vice-presidente do instituto Gartner, especializado em tecnologia. “O produto foi melhorado depois, mas ficou a má reputação.”

As dificuldades do Vista se refletem na sua participação no mercado dos sistemas operacionais. O XP ainda lidera, com 71,5%, enquanto o Vista tem só 18,6%, quase três anos após seu lançamento. “O maior concorrente do Vista foi o sucesso do XP, que atendia bem às necessidades dos consumidores”, diz Cesar Aymoré, diretor de marketing da Positivo, maior fabricante de computadores do Brasil. “O Windows 7 é uma evolução do Vista que reflete um aprendizado da Microsoft”.

*Fonte: Época Negócios