quarta-feira, 29 de abril de 2009

Casa da Cultura comemora 33 anos

Há 33 anos, nenhum recifense poderia imaginar que a principal casa de detenção do estado viria a se tornar parada obrigatória para turistas vindos de vários cantos do Brasil e do mundo. E para celebrar a criação da Casa da Cultura, inaugurada em 1976, a Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe) oferece uma programação especial para esta quarta-feira (29), incluindo uma apresentação do Balé Popular do Recife, além de oficinas voltadas para alunos da rede pública estadual de ensino. 

A antiga Casa de Detenção foi criada em 25 de abril de 1855, quando recebeu sentenciados de diversas prisões do Estado, entre eles, João Dantas, Plínio Marques e Antônio Marques. Após funcionar 118 anos como presídio, o então governador Eraldo Gueiros Leite determinou seu fechamento em 15 de março de 1973, sendo feita à transferência de presos para outras penitenciárias. 

No mesmo ano, foi elaborado um projeto de restauração do edifício, dentro do Programa Integrado de Reconstrução das Cidades Históricas do Nordeste. A iniciativa, sugerida pelo artista e, na época, chefe da Casa Civil do Governo do Estado, Francisco Brennand, transformou a antiga Casa de Detenção na Casa da Cultura de Pernambuco. 

A ideia era criar  um centro de educação especializada, subdividido em núcleos dedicados à literatura, teatro, música e artes plásticas, a exemplo das Maison de Culture francesas, do escritor francês de assuntos políticos e culturais André Malraux.  

No entanto, o golpe militar de 1964 adiou os planos de criação da Casa da Cultura, que só foram retomados em 1973. Coube à Fundarpe a execução das obras, de acordo com o plano aprovado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).  

A Casa da Cultura de Pernambuco foi inaugurada em 14 de abril de 1976. Quatro anos depois, o prédio foi tombado como Monumento Histórico de Pernambuco, pelo decreto 6.687, o primeiro a homologar a resolução do Conselho Estadual de Cultura, na defesa do patrimônio cultural do povo pernambucano. Atualmente, é o maior polo de comercialização de artesanato do Recife. Suas 150 lojas oferecem aos visitantes peças confeccionadas em diversas regiões de Pernambuco.  

Texto: Fundarpe
Fotos: Google

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