
A entrevista dessa semana no Finos&Fofos continua com o clima informal do blog. O fino e fofo da vez é Roberto Guerra, um administrador de empresas apaixonado pelo cinema pernambucano. Ele ainda não é rico, nem fala francês. Nunca comeu scargot, nem nuca pisou em NYC. Mesmo assim, ele é um dos nossos. Para saber porque, leia a entrevista e saiba porque esse rapaz latino-americano-suburbano-endividado ainda será notícia.
F&F: O que é ser fino e fofo para você?
RG: É saber a hora certa de entrar e sair dos lugares. É saber fazer de tudo, mesmo que isso signifique não fazer nada, para se tornar uma pessoa inesquecível.
F&F: Quais os símbolos que um fino e fofo deve ostentar por aí?
RG: As materialidades dessa nossa vida ordinária não representam a nobreza e a altivez de um fino e fofo. Além do olhar altivo, da voz empostada, do andar imponente... Um nariz empinado pode ajudar. Ou seja, ou você nasce fino e fofo ou tem que morrer tentando disfarçar ao máximo suas origens.
F&F: Sendo assim, quais seriam os bens que um fino e fofo pode utilizar para incrementar sua divina capacidade de ser superior?
RG: Como diria um antigo amigo de vovô Zé, o Onassis... Um bom relógio, um terno bem cortado e um perfume discreto, mas inesquecível. No mais, um fino e fofo macho deve lembrar que cerveja não combina com nada nesse mundo e que galeto é coisa de... Necessidade básica para a sobrevivência da espécie.
F&F: E quais seriam as marcas ideais para concretizar esse sonho?
RG: Isso não pode ser considerado um sonho minha querida. Veja só: marcas são coisas inventadas para nos diferenciar dos demais. No entanto, terminamos todos iguais seja na Ilha de Caras ou no CDU-Caxangá-Boa Viagem. Um fino e fofo não liga mais para marcas. Até por que, ele vive cotidianamente rodeado delas. É claro que um presente carimbado faz toda a diferença. Imagine se eu lhe presenteasse agora com uma bolsa exclusiva da Louis Vuitton. Como você se sentiria?
F&F: Hum... Fico grata com a sua delicadeza, mas você poderia reverter o valor da bolsa em sapatos Jorge Alex?
Notas de hoje:
- Mônica Crisóstomo já articula sua mudança para Abreu e Lima, só para usufruir dos benefícios do novo corredor de ônibus anunciado pela EMTU ontem. Isso é que é vestir a camisa! A fina e fofa pretende comprar uma granja para ter uma vida mais sossegada. Esperamos que não seja um novo elefante branco, como o Corredor Leste-Oeste.
- As poderosas da comunicação do Sistema Fecomércio, Lucila Natassia e Daniella Monteiro, estão revoltadas com porque o blog não escreveu nada sobre o sucesso da festa Estação Retrô. A CEO de Finos&Fofos, Mariana Ribeiro, esclarece que não teve condições etílicas de relatar as resenhas presenciadas no Chevrolet Hall.
- Conceição Gama despede-se do Recife. Vai para São Paulo fazer um teste para o Estadão e procurar outras oportunidades por lá.
- Depois de uma curta temporada no chuvoso inverno recifense, o designer Chico Baldini estranhou o frio de Porto Alegre.
- Clube das solteiras: Amanda Dantas anuncia que está livre! "Mas não pode ser qualquer um. Procuro um homem bonito e com ótimo gosto musical", avisa. Se tiver um amigo no mesmo padrão, a colunista agradece.
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