quinta-feira, 25 de março de 2010

Esta história não é novela

Essa jovem na foto ao lado chama-se Yoko Farias. Hoje é o aniversário de 26 anos dela. Ela é tetraplégica. Como alguns leitores já sabem, eu e outros amigos estamos realizando a campanha "Eu quero ver a Yoko na China." A campanha tem como objetivo arrecadar recursos para que ela possa fazer um tratamento com células-tronco no país asiático.

Mas hoje eu não estou escrevendo isso apenas para pedir sua doação. Quero contar um pouco como é a vida de Yoko.

Como hoje é o aniversário dela, passei pela manhã na casa de Yoko para desejar-lhe parabéns e também deixar algumas coisas do bingo que será realizado domingo em prol da campanha (daqui a pouco falo disso). Pude ver um pouco como é a rotina dela. Yoko mexe apenas os braços e não tem movimentos nas mãos. Ou seja, ela não consegue segurar objetos. Quando cheguei, ela havia terminado de tomar banho e estava se trocando. Para realizar uma tarefa simples, como vestir uma blusa, Yoko precisou de ajuda da avó (com quem mora) e da acompanhante.

Depois, a avó penteou seu cabelo. Em seguida, a acompanhante lhe aplicou uma maquiagem básica - lápis de olho, batom e sombra. Em seguida, descemos do apartamento e fui trazer o carro até perto da guarita. Ela foi visitar uma feira de turismo com acessibilidade, que ocorre no Paço Alfândega, e lhe dei uma carona.

Primeiro, precisamos da ajuda do porteiro para colocar Yoko no carro. Em seguida, percebi que não é todo carro que tem uma mala que caiba uma cadeira de rodas. Assim, não é fácil pegar um táxi, por exemplo. Tem que esperar até vir um carro grande, praticamente uma van, para poder sair. Tivemos que desmontar quase toda a cadeira para caber na mala de um Palio. Cerio que não deve ser muito diferente em outros modelos de carros populares.

Enfim, fomos ao shopping. Lá, precisamos novamente de ajuda para sair do carro. Um bombeiro da brigada do Paço nos ajudou a remontar a cadeira e tirar Yoko do carro.

Depois que saí do estacionamento do Shopping, fiquei pensando em como deve ser difícil ser totalmente dependente dos outros. Uma mínima coisa que seja, como pentear o cabelo e passar um batom. E nem por isso ela é uma pessoa triste, deprimida. Yoko está sempre sorrindo e, quem diria, tentando levantar a auto-estima da avó. Pensem nisso. Se quiserem conhecer mais a história de Yoko, acessem o site da campanha: www.yokonachina.com.br

Abaixo, segue a conta para doações: 
Banco do Brasil
Agência: 3056-2
Conta Poupança: 8640-1
Yoko Farias Sugimoto

2 comentários:

  1. Querida Mari, que lindo comentário que fieste. Você detalhou exatamente tudo o que aconteceu no dia. Pra vc ver e aos seus leitores que não é fácil a dependência de outras pessoas. Sei que tudo isso é passageiro e dias melhores virão.
    A campanha continua firme e forte graças à Deus e a vc(s) que multiplica(m) essa corrente.
    Um beijo enorrrrrrme,
    Yoko

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  2. Obrigada Mari, que essa corrente do bem aumente a cada dia.

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Olha o que os finos e fofos disseram